Tenho certeza que entre os temas que já abordei nesta coluna, este será o mais polêmico. O bolsista, figura já consolidada dentro das escolas de dança de salão, sempre carrega uma discussão ao seu redor. Os comentários giram em torno da atuação do mesmo; da análise de sua participação nas aulas e seu impacto no processo de ensino-aprendizagem da dança a dois; da precoce e despreparada profissionalização de alguns; assim como da entrada no ramo dos ”Personal Dancers” por parte de outros. Independente do motivo existe assunto para falarmos da figura do bolsista, indiscutivelmente.
Inicialmente, percebe-se que a necessidade de termos bolsistas nas aulas de dança de salão, surge da falta de paridade entre o número de homens e mulheres nas mesmas. Historicamente mais incentivadas e socialmente permitidas à prática da dança, as mulheres acabam sendo a maioria do público freqüentador das aulas de dança a dois. Com isso, algumas academias lançam mão da estratégia de distribuírem bolsas de estudo para pessoas interessadas em trocar sua disponibilidade de tempo pela frequência nas aulas, solucionando assim o problema das turmas com grande disparidade entre cavalheiros e damas. Ideia muito boa e que com certeza colabora para o desenvolvimento mais eficaz da aula.
Pensando no cenário acima nenhum problema, certo? Infelizmente não, certas repercussões da figura do bolsista na aula devem ser levadas em consideração. Destaco algumas que, em minha percepção, são facilmente detectáveis e é importante serem analisadas.
Com base no perfil priorizado nas seleções, os bolsistas são, em geral, jovens com aptidão motora para a prática da dança de salão que evoluem mais rapidamente por conta do grande número de aulas que fazem. Frequentemente, eles atuam como auxiliares nas aulas para que os professores possam lidar mais facilmente com alunos que apresentam maior dificuldade de aprendizado. Desta forma, aquele que inicialmente era integrado ao processo de ensino-aprendizagem da dança para compor os pares da turma, esta atuando como um assistente, ou mesmo um professor, mas muito costumeiramente, sem nenhuma preparação para isso.
Tal atitude interfere diretamente no processo do professor com a turma. Comumente podemos observar várias aulas individuais, paralelas as dos grupos, ministradas por bolsistas despreparados para tal função. Isso não seria a função de um assistente ou monitor? Não será por conta disso que, rapidamente, algumas dessas pessoas que ganharam uma bolsa para aprender a dançar, acreditam que podem sair das academias que as acolheram e, por conta própria, quase sempre cedo demais, iniciar suas carreiras como professores de dança em academias menos criteriosas com seus quadros docentes, ou mesmo dar aulas particulares nas casas das pessoas?
A grande incidência de situações como as que relatei é a responsável direta pelo inchaço do mercado com relação a quantidade de indivíduos ministrando aulas de dança de salão sem a preparação necessária. Este fato é muito criticado por donos de escolas e professores já renomados no mercado, mas muitos deles têm grande parcela de responsabilidade nesta situação, pois não souberam gerir o processo do bolsista em sua atuação.
Outro tópico que gostaria de trazer para a discussão, seria pensarmos até que ponto a presença de uma pessoa na aula, mais habilidosa que a maior parte dos integrantes da turma, por conta de um maior treinamento, mascara o resultado do aprendizado do grupo e, a rebote disso, até que ponto essa mesma pessoa que estará num baile, com a obrigação de chamar os frequentadores do mesmo para dançar, também interfere na dinâmica habitual do ato de dançar socialmente que as pessoas buscam.
O que se enxerga rotineiramente nas academias de dança, que não conseguem controlar as situações que coloquei anteriormente, são pessoas querendo somente fazer aulas com bolsistas, por conta da falsa facilidade que os mesmos trazem no processo de aprendizagem, fazendo com que os outros pares da turma, alunos matriculados normalmente, sejam preteridos na formação das duplas na aula. Tal atitude se repete nos bailes, resultando em situações constrangedoras de falta de cortesia quando alguém vai chamar o outro para dançar, pois esse desejava uma dança com um bolsista, lamentável.
No desenvolvimento desse quadro, aparece o que atualmente é chamado de “Personal Dancer”, que normalmente é ou foi um bolsista de alguma escola. Esse assunto tem análise rica e extensa, tendo até literatura específica, um livro chamado “Empreendendo em Qualidade de Vida: O Profissional Personal Dance”, da Editora Pandion. Em minha opinião, esta figura influencia a estrutura de ensino da dança de salão e, dada a importância do assunto, prefiro abordá-lo sozinho em outro artigo, aprofundando mais a questão.
Para finalizar, gostaria de deixar claro que não sou contra a inserção de bolsistas nos ambientes das aulas de dança de salão, fui um durante muito tempo. Quero inclusive salientar que a participação do mesmo pode ser maravilhosa e muito benéfica para o ensino do dançar a dois. Porém, se mal administrada e não controlada corretamente, pode gerar situações opostas ao que pregamos como ideal de caminho de ensino da dança em pares: a conquista de uma autonomia dançante, num processo prazeroso de descoberta da maravilha que é dançarmos uma boa música, enlaçado a outro alguém.
Flavinho,
Acredito que a leitura dinâmica não seja a mais indicada para alguém que se propõe a debater um ponto de vista, já que esta técnica anula os detalhes, que, em um debate, fazem toda a diferença. Isto fica evidente aqui, já que seu comentário não tem relação nenhuma com o artigo escrito por Cristovão Christianis, nem com o que eu comentei (mas você não tem como saber, pq não leu).
Acredito que devemos valorizar este espaço para uma discussão saudável e enriquecedora para a dança de salão, que é o que desejam os verdadeiros profissionais e apaixonados por este gênero. A internet tem espaço pra todos, até pra quem quer falar sobre “pegar a gostosinha”, é só vc procurar um blog ou site com este perfil.
Melissa Vieira vou ser sincero, o seu texto eu não li, fiz um skimming até pq imagino o teor e qual é o seu conceito.
Apenas vou ser mais explícito agora:
Eu fui bolsista por 5 anos em aproximadamente 6 ou 7 academias, ser é um bom dançarino é relativo e não vou entrar nesse mérito.
O cara se torna bolsista não porque ele acha o dono da academia bonitinho, ele está lá por algum objetivo, mesmo que não seja o aprendizado, mas ele objetiva algo (ser o dono da academia, pegar a gostosinha, arrumar personal etc), isso é errado? Não, todos somos interesseiros, a vida é um jogo de interesses, infelizmente o bolsista é o lado frágil da história, seja perante o aluno, ao professor ou a administração.
É apenas um conceito de consumidor, sempre tem um lado fraco e defendo o do “mais fraco”.
Alias, eu sou professor, infeliz daquele que acha do bolsista, seu adversário!
Flavinho, acredito que você não deve ter lido o texto todo, ou não leu com atenção, já que o mesmo não faz uma crítica aos bolsistas e sim a forma como as academias administram a figura do bolsista na escola e suas consequências para o meio. Esta má administração fica explícita em um comentário como o seu: “bolsista é o cara que se predispôs a fazer o trabalho pesado e gratuito a favor daquele o dono da academia que lucra!”.
1º – da forma como vc coloca parece que o bolsista é um profissional de dança que está fazendo “o favor” de participar das aulas em uma escola. Na verdade o bolsista é um aluno como todos os outros, algumas vezes com mais facilidade para aprender do que a maioria, outras vezes com as mesmas capacidades dos alunos não-bolsistas, mas que aprende mais rápido por fazer mais horas de aula semanais do que os outros. O próprio nome já diz tudo, assim como em colégios e universidades, este aluno ganha uma “bolsa de estudos”, ou seja, terá desconto ou não pagará a mensalidade das aulas e, em contrapartida, presta “auxílio” a instituição, que no caso das escolas de dança, é completar os pares nas aulas.
2º – “é o cara que se predispôs a fazer o trabalho pesado”: A palavra “predispor” significa dispor com antecipação, ou seja, ninguém obriga o bolsista a entrar em uma escola, ele participa da audição e, se escolhido, ganha a bolsa, pois como vc mesmo disse ele se “predispõe” a isso. Já qdo vc se refere a dançar com as damas como “trabalho pesado” fico imaginando o tipo de cavalheiro que resulta deste pensamento, de ego inflado, que com 2 ou 3 meses de aulas acha q só é digno de dançar com as “profissionais”. Mas se o trabalho pesado a que vc se referiu for algo do tipo fazer faxina na academia, avalie o tipo de escola a que vc se predispôs a trabalhar como bolsista, pois realmente esta bolsa de estudos está meio estranha.
3º – “a favor daquele o dono da academia que lucra”: repense os seus objetivos, anseios e expectativas qdo se predispôs a fazer parte da equipe de bolsistas de determinada escola. É preciso ter bem definido o que vc quer e o que a escola oferece com esta bolsa, para que vc não se arrependa depois, ou como no seu caso, tenha a sensação de que é um “empregado”. Primeiro pq para ser empregado como professor é preciso ser um profissional, e o bolsista é apenas um aluno com bolsa de estudos. Segundo, tenha em mente que o aprendizado, seja teórico ou prático, é sempre algo que vc ganha, soma para sua vida, então você também está lucrando como bolsista. Quanto ao dono da academia lucrar, este é o negócio dele, ele precisa lucrar! Ou vc achou q que ele iria te dar aulas de graça e colocar apenas as damas experientes pra dançar com vc, pq ele viu em vc o próximo Fred Astaire?!
Mais pé no chão e menos ego inflado é o que falta por aí, na minha opinião.
É por causa de pensamentos assim, como quem escreveu, que alunos pensam que bolsistas são empregados. Bolsista é o cara que se predispôs a fazer o “trabalho pesado e gratuito” a favor daquele “o dono da academia” que lucra!
Bem, já fui bolsista por alguns anos e vou deixar minha opiniao. Alguns bolsistas acham sim que são ótimos dançarinos, melhores que os alunos, mesmo estando a apenas algumas semanas na academia. Quem pode controlar isso?? A propria academia. Deve ser regra de qq academia o bolsista nao ensinar passo, nao tratar mal os alunos, afinal quem faz isso eh o professor, o responsavel da aula. Porém exista também o lado de alguns professores acharem que os bolsistas sao serviçais deles. Eles nao percebem que os bolsistas estao la pra ajudar eles:??? Pq tratá-los mal??
Bem, acho mto válida a vontade de se tornar professor depois de começar a ser bolsista, contanto, é claro, que a pessoa estude, corra atras de fazer aulas particulares, conhecer a historia dos ritmos, os passos, enfim, tem que saber do que ta falando. E obviamente nao parar no tempo, afinal a dança eh dinamica, ou seja, sempre surgem coisas novas e se aprimorar eh essencial.
Pela falta de uma legislação ou algo parecido a dança acaba ficando muiito dependende da consciencia de cada profissional. Aquele que realmente respeita seus alunos está sempre estudando, porém auqueles que só querem ganhar um a mais nem se importam. Infelizmente isso acaba fazendo com que os profissionais sejam mal vistos, mal remunerados, enfim. Acaba sendo uma bola de neve.
Sou professora universitária e considero o bolsista uma passagem de alguém que se interessou por dança e se este se aprimorar, serão sempre importantes no processo de aprendizagem .
Caro Jefferson,
Passei por situações parecidas com a sua, várias vezes, o que me fez também pensar em desistir. Mas descobri uma escola de dança fantástica, onde simplesmente NÃO HÁ BOLSISTAS ! O clima nas aulas é ótimo, as damas colaboram com os colegas alunos. Estou experimentando várias turmas.
Como naquele velho rock, “olhe em volta e escolha seu chão”.
Sou aluno de danҫa de salão, e em 1 ano, já passei por 5 ecolas de danҫa. Sinceramente, eu queria estar até hoje na primeira escola. Não que eu desconsidere as outras, ou as 2 atuais, mas em todas, levei e continua levando pitacos das damas (bolsistas). Já tive professor especialista em tango (primeiro professor), professor ex da Danҫa dos Famosos, professor que não olha para os alunos durante as práticas, alguns amigos, outros frios, mas nenhum deles destratavam com grosseria, mas bolsistas, sinceramente, já ouvi todos os tipos de pitacos. Para exemplificar, durante uma aula regular de samba de gafieira, fazia par com uma dama bolsista, e depois de uma sequencia de pisa-e-vira (cruzadinho), na posio de ligao, eu a conduzi para o eslstico, e surpreendentemente, ela me acusou, dizendo que o meu p-a-s-s-o estava e-s-t-r-a-n-h-o. Fui acusado de ter errado o p-a-s-s-o, e não a conduҫão. Para nossa total surpresa, do nada, o professor se aproximara e dissera que ela estava fazendo errado, trocando a pisada. A dama engoliu seco e se desculpara comigo, mas depois de um tempo, analisando friamente, percebi que ela simplesmente não sabia fazer o elástico, pois se soubesse, com certeza, iria acusar erro na conduҫão, e não no passo. Culpa dela? Erro da bolsista, por faltar com humildade e apontar erro do cavalheiro, sendo que ela sequer sabia o passo, e não teve humildade de reconhecer que não sabia tal passo. Culpa da escola e/ou do professor? Erro de ambos, por dar tanta liberdade a alunos, de se tornarem bolsistas e darem ao direito de se acharem superiores aos alunos c-o-m-u-n-s, que pagam pelo aprendizado. Tal fato ocorreu na minha primeira escola de danҫa. O professor era muito técnico, especialista em tango, tinha boa didática, mas deixou acontecer tal fato. Enfim, não tem volta, mas me arrependo de ter deixado a primeira escola, pois hoje, depois de 1 ano, eu soube que a bolsista antipática, que se achava superior, mesmo sabendo menos que o aluno pagante (eu), se retirara da escola. Hoje, depois de professores e-s-t-r-e-l-a-s, que soltam uma musiquinha, dizendo para os alunos danҫarem livremente e ficam fazendo solo, se olhando na parede espelhada, sem passar novos passos ou técnicas para o aluno, estou quase desistindo da danҫa de salão, e principalmente da samba de gafieira, algo que eu curto demais.
Olá a todos, acho que já foi dito tudo com relaҫão a presenҫa do bolsista. Na minha humilde opinião de assistente/bolsista, acho que deve ser esclarecido ao candidato como funciona e quais as funҫões e possibilidades logo no início, o bolsista deve ter a consciência de que, para chegar a professor, ele deve antes de tudo ter a danҫa na alma, deve amar a danҫa, mas principalmente estudar muito, ralar muito e se preocupar com a qualidade do professor que ele quer ser. É comum na noite encontrarmos um bocado de gente se autointitulando professor e até cobrando das damas para danҫar, não estou falando dos personais que na maioria são profisaionais. Aos bolsistas que almejam serem professores, tenham calma, estudem danҫa em todos os sentidos para que você seja um professor com conteúdo e consequentemente ter sucesso. Abs aos professores e bolsistas.
Wagner chapeu-BH
Bom, vamos entender os dois lados da história.
Um bolsista é de muita importância na academia, é claro, sei que os professores fazem uma forma de “troca”, por exemplo: Ganha bolsa, e em troca aprende a dançar de graça, porém tem que me ajudar na aula sem faltas!”
Só que o tempo passa, as vezes anos e anos e o bolsista tá lá, se lascando beeem mais que o professor e sem ganhar nem um centavo, nem ao menos passagem? Acho que no início tudo beeem, que ele está aprendendo, é até divertido e empolgante, mas depois de anos em que o bolsista já é considerado em um nível mais avançado, ele precisa de ganhar algo pra continuar sentindo vontade de ajudar o professor. Na minha opinião acho que os professores com o tempo acabam vendo só o lado deles, de uma certa forma se aproveitam dos bolsistas.
Agora vamos ver o lado dos professores e academias:
No momento vemos muitos bolsistas ou personal dancers se dizendo professores e dando aula em academias, sem ao menos saberem das técnicas e até dançar mesmo, muitos bolsistas se acham mesmo em dois meses que já estão prontos para serem professores (coitados), mas muitas vezes são iludidos até mesmos pelos seus próprios professores ou donos de academias (no intuito de pagar mais barato do que pagaria a um real professor), isso está acontecendo muito em todo o Brasil, alunos vão atrás de escolas e aprendem tudo errado, e de tal forma os bolsistas acabam tirando o lugar de um professor de verdade, e acabam iludindo as alunas dizendo que é professor.
Tudo tem seu lado bom e ruim! Vamos entender ou ao menos procurar entender os dois lados!
Não sou contra os bolsistas em academias, só acho que os professores ou academias pagassem uma parte aos bolsistas mais antigos, e que também conscientizem seus bolsista em qual momento certo que eles já podem dar aula, e não deixá-lo ser iludido.
Sem comentários apenas uma frase que deixa todos pensar e fazer sua critica pessoal assim mesmo.
A oportunidade é para todos faça dela o melhor pra você, isso vai ser para toda sua vida mesmo que o tempo seja curto.
Grande abraço para todos
Oi, realmente e um tema polemico, mas acredito que 99% dos professores de recife foram bolsistas e trilharam o mesmo caminho dos de hoje, e se autopromoveram professores, ate porque, na Danca a dois, muitos se autopromovem professor, quem e que pode dar esse título? Quem ou qual instituição acadêmica que pode dar esse título? Alguns profissionais se formam em Educação física, outros em Danca, em busca de uma qualificação profissional e que justifique a sua ação na área. Ainda bem que muitos dos jovens que estão no Cenario da Danca de Salao estão buscando uma formação que os prepare para ministrar aulas. Gostaria, inclusive de parabenizar os jovens dançarinos do Recife, pela busca do conhecimento na área da Danca de Salao. Um abraço a todos!
Continuando…
Comecei a fazer aulas em 2001 e com 4 meses uma aluna veio me falar sobre aulas particulares. Como ela era aluna da academia onde eu era bolsista, falamos com o professor (Claudio Sobral, um mestre), que não me impediu, ao contrario, me aconselhou de só trabalhar com ela o que era dado nas aulas. Ou seja, ela via que eu aprendia com facilidade e guardava os detalhes, e falou com a aluna que concordou. Ele tinha me dado a chance de começar na carreira de professor, de tirar uma grana pr custear a dança, o que me ajudou muito. MAS CUMPRI A MINHA PARTE, não ensinando nada de novo, apenas corrigindo o que não estava bom e relembrando coisas antigas. Acho que esse deveria ser o equilibrio: o professor entender os alunos e os alunos entenderem o professor. Claro que também tive professores que não deixavam dar auls e ainda cobravam taxas sobre apresentações e contratos (o que não concordo, pois o trabalho é dele, quem gasta energia é ele, e não eu). com a desculpa de que tinha ensinado a ele e merecia (quando todoso sabemos que existe uma troca e que a necesidade é recíproca). Mas também tive muitos bons professores e muitos bons companheiros bolsistas. Acho que os professores tem que ver o lado dos bolsistas tb: eles também tem contas a pagar, tem coisas a estudar, planos a realizar, e devemos como professores ajuda-los a alcançar os seus (e junto aos nossos) objetivos. Um abraço a todos!!!
Olá a Todos!!!
Bem, sou Professor de Danças de Salão em Recife, e li todos os comentários a respeito. O que vou escrever não é uma verdade, mas apenas a minha visão sobre o tema. Fui bolsista de muitos professores aqui, até, depois de 3 anos começar a dar aulas. MAs enfim, vamos ao tema. Concondo com o amigo acima que falou que não podemos deixar de dar bolsas por conta do que a pessoa faz com ela. Todos merecem oportunidades. Acredito que devemos aqui diferenciar um bolsista de um integfrante de Cia de Dança, o que se confunde muito. Quando falamos de bolsista, falamos geralmente de pessoas jovens, que participam de coreografias e ajudam nas aulas. Acredito que bolsista deve ser simplesmente aqule que nçao paga. Aqui em Recife algumas escolas tem optado por alunos maisvelhos comobolsistas, e limitados a 1 ou 2 turmas que ele possa acompanhar. Nada de aulas extras, nada de coreografias, e isso tem dado mutio certo. Quando se seleciona alguem para a Cia deDança, ele passa a ter obrigações e premiações tb, como aulas extras, cursos com outros profissionais, etc. AO EX-ALUNO, concordo em parte, pois alguns professores não dão oportunidades da pessoa crescer na escola. PORÉM, na maioria das vezes o bolsista por ser mais novo e as veze3s estar atualizado em algumas areas se acha melhor que o professor e acaba achando que sabe mais que ele. Algumas vezes analizamos uma pessoa em sentido amplo (didática, oratória, conhecimento, apresentação, entre tantos outros) e pedimos para os bolsistas que adiem um pouco mais o início de suas aulas particulares ou em turmas, ou apresentações,quando estamos fazendo isso por seu bem, para que se prepare antes disso, e somos mal interpretados, como se só estivessemos pensando em dinheiro, ou querendo ser os unicos donos da verdade. Acredito sim na atitude do bolsista de forma positiva, na sua colaboração, e se cada escola como foi falado, tiver seu plano de desenvolvimento, poderá trazer uma expectativa melhor para mabos os lados. um abraço a todos!!!
Voltando à questão dos bolsistas,
Concordo com Airton, bolsista é o tiro no pé.
É a solução para a falta de homens que consolida este problema.
Na escola que frequento, quase todas damas preferem dançar com bolsistas. O resultado é que os alunos vão abandonando os cursos com o passar das aulas, pois chega muitas vezes a ser constrangedora a atitude das damas.
As escolas deveriam estimular alunos a frequentarem as aulas onde os pares estão descasados, e não lançar mão desta solução tão problemática.
Assunto muito importante, mas vejo que a discussão está indo para o lado PROFESSOR X BOLSISTA.
Quem opta por sistema de bolsistas em seu estabelecimento está e estará sujeito a (vantagens) e (desvantagens).
Bolsista tem seu lado positivo, preenche o espaço de no mínimo três alunos por dia atendendo um número maior de alunas ou alunos sem parceiros na turma. Em várias ocasiões o bolsista é o ponto de ligação entre o professor e o aluno, pois um aluno muito tímido não faria um questionamento em púbico e recorre ao bolsista sentindo-se mais confortável para perguntar e tirar dúvidas.
Temos o lado negativo pois muitas vezes o bolsista, resolve fazer passos além do aplicado em aula, orientando erradamente o aluno a fazer um movimento, ou por vezes não tem paciência com determinados alunos. O aluno entende que o bolsista faz parte da equipe, e não sabe que o mesmo não está apto a dar orientações seguindo à risca e confiando que está aprendendo corretamente.
E em casos mais graves onde o bolsista despreparado resolve começar a dar aulas, os professores mais experientes não podem fazer nada, a não ser lamentar esse fato, pois inúmeros exemplos temos de pessoas que iniciaram na dança de salão com esses ditos profissionais e que tiveram grande decepção. Esses, que seriam potenciais alunos, dificilmente irão novamente a procura de um local adequado e um profissional realmente apto para nova tentativa na dança de salão.Isso não prejudica somente os profissionais sérios, mas joga fora toda uma estrutura e toda a história da dança de salão, desabonando mais uma vez a prática dessa atividade na sociedade.As atribuições de um bolsista dentro de cada estabelecimento, devem ser impostas por cada espaço que deve propor suas regras já no início e de forma mais clara e honesta possível . Ao candidato ao cargo cabe somente aceitar ou não, lembrando que em alguns locais as regras incluem exercer determinadas funções além do dançar em sala de aula.,.
Acredito que o bolsista não deveria ter livre isenção de mensalidade, isso pode fazer com que ele não valorize o seu trabalho e acima de tudo a oportunidade que ele está tendo em se aperfeiçoar a cada aula a mais que ele presencia.
Ainda há o fator SOU BOSISTA DO ESPAÇO TAL, muitos se colocam como se isso fosse uma coisa muito importante e passam ter atitudes arrogantes.
O problema não é o bolsista, colaborador, assistente ou qual seja a denominação aplicada em cada estabelecimento, e sim o indivíduo que se sente preparado para dar aulas e não está. Temos também a situação do aluno normal, pagante e de um momento pra outro ele resolve que está apto a dar aulas e algum tempo ele aparece como professor..
O que se passa em alguns casos é que a pessoa chega em seu espaço, vê a sala cheia, acha que você está ganhando rios de dinheiro e pensa: Por que não? Eu posso, já sei dançar, sou simpático.
Nosso maior problema caros colegas é o retorno financeiro que a Dança de Salão dá aos despreparados, muitos trabalham normalmente em horário comercial e a noite vão ministrar aulas de dança para ter uma fonte extra de renda , nada contra, desde que, no tempo em que se propôs a dedicar-se a dança o faça com profissionalismo, respeito e seriedade.
Para quem vive de dança, sabe que o investimento para chegar onde estamos é alto.
Concluo que cada escola, espaço, academia ou Studio pode sim ter sua equipe e faça o melhor para que, seu integrante seja ele em que nível esteja, siga seu caminho preparado, consciente e com responsabilidade.
Estudo, pesquisa, atualização, aperfeiçoamento, dedicação, investimento, aprendizado constante, considerações, oportunidades e muita seriedade! Isso é primordial para a valorização de qualquer área! Na Dança de Salão não deveria ser diferente! Só quem estudou (e ainda estuda como eu e muitos outros) muito e a muitos anos, sabe o que é dividir seu tempo e conhecimento com sua equipe e depois ver isso tudo se perder pela falta de organização da classe e também pela banalidade que donos de academias fazem parecer a profissão do professor de dança! O dia que tivermos uma boa formação não só de profissionais da dança, mas também de público e gestores, provavelmente esse quadro “crítico” mudará! Vamos estudar, minha gente…levar a sério tudo o que fazemos como profissão e principalmente respeitar aquele que faz isso com e por convicção!
Eu adoro trabalhar com nossos bolsistas…dividir com eles a paixão pela dança e os benefícios que pode proporcionar, inclusive podendo ser preparados para atuarem em salas de aula…porque não! Mas o processo existe e tem que ser respeitado! Faça por merecer a conquista do seu espaço, bolsista…e conte com nosso apoio!
Me assustam muito mais alguns “professores” que aí estão do que muitos dos bolsistas a quem se referem! É uma questão de conscência e não só de gestão administrativa!
O negócio é dançar…procurar e praticar a dança por prazer, por paixão, com entrega…viver disso é só para quem realmente ama, porque ficar rico dançando é para muito poucos!
Achei muito interessante o texto, porém acho que temos que ter um certo cuidado ao ler o mesmo e devemos digerir as informações com calma.
Ao lermos o texto pode-se, perigosamente, entender que os profissionais de dança de salão pedagogicamente despreparados que se apresentam hoje no mercado são ex bolsitas. Isso me parece um raciocínio errôneo. É fácil observar no mercado professores de dança de salão com um bom tempo de atuação e com um trabalho consolidado que, mesmo após todos esses ano de trabalho, ainda apresentam uma falta de preparo pedagógico evidente. O professor de Dança não deve ser um reprodutor da técnica e sim um pedagogo que tem como objetivo o ensino através do movimento. É necessário sim, muito estudo com relação à didática, metodologia de ensino, psicologia e etc. Aproveitando o texto do Luiz Gustavo (em minha opinião o de melhor conteúdo até o momento) o professor deve se aproximar da Licenciatura. Sendo assim não podemos nos iludir com a idéia de que somente ex-bolsistas sem estudo estão ocupando o mercado da Dança sem condições para isso. É fácil identificar que temos muitos professores de Dança que fogem dos livros e dou a liberdade de me condenarem se eu estiver errado.
Neste momento gostaria de entrar na questão principal de meu comentário. Acho que o texto passa uma “culpabilidade” extrema à figura do “ex bolsita” pelo inchaço do mercado de trabalho. Obviamente que o fato desses ex bolsistas se julgarem preparados à prática docente quando não tem a mínima condição para isso contribue para o inchaço do mercado conforme foi mencionado no texto. Mas é importante entender que o fato gerador e principal da “enxurrada de profissionais de dança despreparados que estão no mercado” é a falta de uma regulamentação clara para o docente na área de Dança e a consequente falta de um órgão representativo eficiente que fiscalize a atuação dos profissionais e das escolas de dança. A verdade é que falta uma profissionalização do mercado da Dança de salão. Se lermos o texto de maneira inocente ficamos com a impressão de que se não existisse mais a figura do bolsista o problema do mercado da dança se resolveria. Mas será que isso aconteceria? Ou será que observaríamos alunos pagantes de aulas intermediárias e a avançadas começando a dar aulas aproveitando essa brecha de informalidade do mercado. Acredito que seria comum, também, ver os profissionais da educação física ocupando essas lacunas mesmo sem condições para isso. No fim das contas acabar com o bolsista, em minha opinião, não seria nem de perto a solução para este problema que verifica-se hoje no mercado da Dança.
Acho importante não “negativizarmos” a figura do bolsista, bolsista este que muitas vezes atua como colaborador da escola, fazendo divulgação, ajudando em congressos e até realizando serviços gerais, quando sua função deveria ser somente contribuir para o pareamento das aulas.
E para finalizar compartilho novamente com a visão do Luiz. É preciso acabar com a banalização da figura do professor de dança e isso só acontecerá com muito estudo e, lógico, mobilização….
Li vários Comentários, e é vísivel que existem várias formas de se administrar os bolsistas ou colaboradores ou aluno bolsista, tudo depende do empenho que o responsável tiver sobre sua equipe.
Acredito que o preconceito seja um ponto que poucas pessoas falam mas pode estar bem escondido e fazendo uma diferença, quando um bolsista menospreza uma pessoa da melhor idade, ou uma pessoa obesa ou por qualquer outro tipo de preconceito, foge do que diz o principio da dança, que ela não tem raça, cor, idade, etc e com isso o que vai fazer a diferença é o relacionamento do aluno com o bolsista. todos precisam saber que …
“… ninguem é melhor do que ninguem, mas ninguem é igual a ninguem”
Os bolsistas podem ter objetivos diferentes!
esse é um assunto muito bom, e que todo gestor deve ler os comentarios e refletir!
Que peleia bonita tchê! Já vi aluno de bolsista metido dando aula rsrsrs.É engraçado, mas é sério! A pouco tempo no programa do Jô teve uma figura aí que deu toda a barbada… Ele falou da sua trajetória na dança; era piloto e abandonou tudo para se dedicar a dança de salão. O cara era bolsista e alugou um apê para dar aula de graça concomitantemente, assim aperfeiçoaria a sua didática ,disse ele. Pode isso?! rsrsrs. Mas concordo quando ele fala sobre o desvio de função do bolsista, já fui bolsista, não por ” falta de grana”, mas por beleza rsrsrs, e sei com é, funções de telefonista, porteiro a partner, mas valeu, boas recordações!
Creio que deveria ser feita uma distinção maior entre duas classes de bolsistas: os que querem somente aprimorar sua dança e os que querem não somente evoluir a técnica como também lecionar. A cada um desses, o devido tratamento. Quero tomar um curso superior como Matemática, por exemplo. Há o bacharelado e a licenciatura. Ambos estudam a matemática em si, o conhecimento, mas somente a licenciatura tem disciplinas pedagógicas, para formação de um professor. Por esse motivo, somente um licenciado pode atuar como professor. Da mesma forma na dança, deveria ser clara a distinção entre os dois grupos de bolsistas, sendo que os bolsistas que desejam ser professores deveriam estudar meios para tal, fazer cursos e etc, e aos poucos eles poderiam sim ajudar os professores na prática docente. Os bolsistas que desejam somente técnica, no entanto, deveriam somente auxiliar o professor ao completar o número de pares.
Acrescento que a responsabilidade de mostrar essas opções, e torná-las claras, é da escola de dança, pois os bolsistas muitas vezes não sabem ao certo o que querem, e com o tempo podem mudar de opinião. Se as regras fossem claras, e ditadas pelo professor (escola), não haveria por quê confundir as duas classes de bolsistas. No studio de dança onde faço parte (como bolsista que quer virar professor), essa distinção me ficou bem clara, tendo aulas para todos os bolsistas aprimorarem sua dança pessoal, e tendo ainda algumas aulas onde vão somente aqueles que querem seguir a carreira docente. Ninguém é obrigado, e é tudo bem explicado. Assim facilita até para os professores que conduzem as aulas sabendo qual o foco de cada bolsista.
Enfim, falo tudo isso como quem está do lado de cá, bolsista, pois vejo que a maioria dos comentários são de professores.
Att.
Eduardo
CONCORDO COM O EX-BOLSISTA QUE FALOU ACIMA. NINGUÉM VÊ O LADO DOS BOLSISTAS?
É péssimo ler esse texto e pior ainda, o comentário de pessoas da dança, todos julgando sem ao menos ver o lado do bolsista.
1 – Nenhum proprietario da um “tiro no pé” com bolsista, mas sim com o professor que mal administra esse bolsista e/ou um coordenador, se houver ,claro.
2 – Nenhuma academia de dança oferece formação, só vêem seu lado $$$$$$$$$ isso sim, pouco se importam com a evasão, já que ela tem outros “bolsistas” para entrarem no lugar. Cursos técnicos, até tecnologicos, graduações e pós, NENHUMA oferece formação em dança de salão. As que usam o termo e “dizem ser”, são um tremendo 171.
3- Muitos profissionais renomados atualmente pouco fizeram aulas como bolsistas, hoje eles tem sua própria didática etc. Como conseguiram? correram atrás e aprenderam na prática. E tem gente que ainda julga os que estão começando -profissionalmente- assim. Isso é menospresar a capacidade de quem quer que seja.
Se existe aluno que compra o lixo como algo benéfico, também compra imagem achando que é, ….
4- Bolsistas também tem seus probl., vida pessoal etc. Não se esqueçam que existem alunos que os menosprezam, tratam como empregados da escola (e o pior é que ainda tem escola de dança que cobra taxa do bolsista), são desrespeitados por professores e ainda são obrigados pela escola a prestarem serviços que “teoricamente” seria papel da administração, como divulgações, limpeza, atendimento etc.
Vemos claramente dois casos bem diferentes em relação a função do BOLSISTA… Não vamos culpar o ato de disponibilizar a bolsa de estudo pelo mal uso que as pessoas fazem dela. Acho muito digno das instituições o ato de dispor bolsas de estudo para pessoas que não podem bancar e não tem a chance de estar aprendendo a arte das danças a dois em contra partida da formação da paridade para o bom andamento das aulas. Como em qualquer bolsa existem regras por esse benefício. O fato a ser comentado aqui é que muitas instituições utilizam dessa troca como uma maneira de trabalho camuflado, obrigando a participação em bailes, serviços domésticos, reuniões até altas horas e etc… Que dessa forma sim, banaliza a ação do aluno bolsista e pode criar pseudo profissionais que se aventuram no mercado, por um mal entendido dessas obrigações… Esse discernimento é facilmente resolvido com uma boa orientação por parte dos responsáveis das instituições que oferecem essa disponibilidade (existem regras e legislação claras para essa prática de bolsas de estudo junto ao Ministério de Educação e Secretarias Municipais e Estaduais, vale a pena verificar). Agora se formos falar em FORMAÇÃO, o buraco é um pouco mais em baixo. Essa carreira que muitos utilizam de BOLSISTA-ASSISTENTE-PROFESSOR deve ser bem revista e cuidada… Infelizmente não temos uma legislação clara e nem uma fiscalização qualificada que proteja os profissionais que estudam e se dedicam diante desses pseudo profissionais que se aventuram nas esquinas… Meus 4 nos de estudo em minha Licenciatura Plena e mais os 2 da Especialização, ainda são nada ao mundo de estudo que o vocação de ser professor exige e merece, e é muito mais profundo quando tratamos a questão de ensinar arte. Já temos cursos de licenciatura por ae, em diversas linguagens, uma pós graduação em dança de salão, diversos cursos de qualificação profissional, logo, os que desejam se aventurar na arte de ensinar alguém a dançar, bora estudar que possibilidades não faltam… Mas não venham usurpar essa tão digna profissão e nem se comparar a excelentes profissionais que a anos estão no mercado estudando e desenvolvendo a dança de salão em nosso país.
A discussão é muito mais profunda ainda, programas de TV de grande visibilidade, em que nossa arte é exposta, ditos profissionais são chamados de PROFESSORES, sem nunca ter tido nenhuma aula de didática e metodologia de ensino. Enfim, a muito que batalharmos contra essa corrente…
Ótimo artigo e assunto, Cristovao. Em nossa escola, passamos a chamá-los de alunos-bolsistas, pois consideramos que são alunos que recebem uma bolsa em troca de completar pares (isso quer dizer que não são obrigados a dançar com ninguém). Estimulamos sempre que TODOS dancem com TODOS!! E como alunos, estão em processo desenvolvimento e não preparados para ensinar os colegas.
Buscamos mostrar a todos os nossos alunos que a formação do professor se dá através de muito estudo (temos na cidade graduações em dança e educação física e uma pós- graduação em danças de salão) e tempo de experiência.
Mesmos assim, em alguns momentos temos sim, pessoas que saem para o mercado de trabalho após alguns meses de aula, sentindo-se prontos para dar aulas, fazer shows, dançar como personal….
Acredito esta ser uma situação que muitas vezes independe da relação entre bolsista e diretor da escola, e temos que contar com o bom senso e responsabilidade das pessoas. A cada dia que passa, o aluno está mais informado e tenho certeza de que com o tempo as pessoas vão valorizar as escolas e profissionais sérios, com formação e experiência.
Somos muito felizes com nossos bolsistas, pois todos respeitam nossa escola e nosso trabalho!
Acredito que bolsistas são sim, como todos os alunos, importantes para o crescimento da Dança de salão!
Obrigada pelo seu texto!!
Grande abraço!
Uma das grandes falhas do processo de formaçao dos bolsistas, ao meu ver em todas as academias, é a falta de um caminho visível a ser seguido. Eu treinei artes marciais por muitos anos e em todas havia uma graduação de faixas e um tempo determinado em cada uma e mais que um tempo havia um conhecimento determinado para cada faixa. Ou seja a faixa representava exatamente o que se sabia. Isso não existe na dança de salão. É tudo muito subjetivo. Faculdades também dão bolsas de estudo, mas dando ou não dando o caminho é visível há um cronograma de matérias que se conhece logo que se entra no primeiro semestre. Esse é um ponto chave. Um curso tem que ter começo, meio e fim. E tem que haver um cronograma de aulas para que o aluno saiba o que será ministrado e possa cobrar o professor. Se algum aluno tem mais ou menos facilidade, isso ocorre em todas as àreas do conhecimento humano. Aos que tem facilidade progressão dentro do seu mérito, aos que tem mais dificuldade, que treinem e repitam seus estudos. Isso é o normal, nada dramático e faz bem à todos.
Quantos aos profissionais, todos tem que fazer o óbvio que acontece em todas as áreas, se desenvolver, estudar, estudar, treinar, trocar idéias com outros, buscar novos horizontes, evoluir nas suas próprias idéias.
Já quanto a personais…ai a história é outra…tenho minhas idéias sobre a dança, e uma das que deveriam sem dúvida ser melhor trabalhada e revista até, é a idéia do toque no corpo do parceiro (a), muitas vezes tratado de forma banal. Só para lembrar, o corpo é asilo inviolável da alma!
Não sou dono de academia e nem nada, apenas um apaixonado pelas Danças de Salão. Vejo os “personais dancers” e “bolsistas” como o famoso “tiro no pé” dos proprietários das academias. Existem donos de academias que utilizam desses meios para se manterem. Então o mínimo a ser feito é analisar o caráter, o objetivo final de cada um, a proposta de aprendizado de cada um. Porque o que vemos hoje são, “bolsistas” que ficam um, dois, tres meses ou um ano numa academia, depois sai e monta uma outra academia ou vai ministrar aulas em pontos cobrando preços irrisórios, e se intitulando “professor de danças de salão”. Personais dancers, muitos se prostituindo, ou seja o objetivo deles é ser sustentado pelas damas e não apenas dançar com elas nos bailes, e o que é pior denegrindo a já não boa imagem que as Danças de Salão tem perante à sociedade, vulgarizando ainda mais a mesma . Pergunto: vale a pena pagar para dançar?
São dois casos polêmicos, contraditórios e que merecem uma análise bem profunda por parte dos profissionais envolvidos com as Danças de Salão.
Parabéns pelo excelente artigo.
abraços,
Airton
Reflexão…
Problemas recorrentes da função, acho que não existe uma formula mágica para tal sanar problemas causados pela presença do bolsista na aula e no aprendizado.
Acho que um melhor caminho seria fortalecer os pontos positivos de se ter um bolsista e tentar administrar/minimizar os pontos negativos.
Tentar sempre orientar e qualificar os que tenham interesse no lado correto na dança de salão, e tentar minimizar os problemas que são causados pelos que não querem andar na linha.
obs: Excelente artigo, para possíveis reflexões junto aos próprios bolsistas.
Assunto complicado esse…A matéria sinaliza com clareza os problemas gerados pelas escolas que tem equipes de bolsistas (aliás, aqui em SP, so conheço o Andrei Udiloff que não trabalha com bolsistas), mas não acena com nenhuma solução, não por desconhecimento do “caminho das pedras”, mas pelo fato de que essa tal solução não existe. Caso exista, por favor, me falem!! rsrsrs… Bolsista é uma ferramenta muito importante dentro da escola, mas assim como foi colocado, tem muitas contra-indicações. Culpa maior pelo fato de não termos uma legislação vigente, que formaliza a formação do profissional de dança popular, tornando qualquer bolsista em professor de dança, basta ele querer…então é fazer seus cartões de visita e depois distribui-los para academias de ginástica e até de danças, desinformadas quanto a falta de preparação do candidato a professor. Daí o aluno, que busca uma atividade física diferente daquelas dadas em academias, faz uma aula com um desses “falsos profissionais”, se decepciona e diz…”isso aí que é a tal da dança de salão? Não quero isso prá mim não, prefiro outra coisa”. Esse bolsista-professor não queimou sua aula apenas e sim a modalidade dança de salão, pois o aluno dificilmente voltará a repetir essa experiência novamente. A Escola de Dança Jaime Arôxa, tem por base a formação de bolsistas como futuros assistentes, monitores e professores e mesmo assim, fica difícil controlar essa evasão. Imagino então para escolas menos estruturadas. Então o mercado passa e continuará passando cada vez mais por uma grande deficiência técnica, por conta de falsos profissionais e “professores” despreparados que inundam o mercado com sua incapacidade de ministrar uma boa aula.
Algo precisa ser feito…e rápido! Mas infelizmente é um assunto muito longo e complexo para ser tratado nesse espaço de “comentários”.
Particularmente, acredito que esses problemas se dão exclusivamente pela forma como cada administração vê e lida com sua equipe de “bolsistas”. Em nossa escola, por exemplo, eles são chamados de “colaboradores”, pois são alunos como todos os outros, mas pagam um valor diferenciado por nos ajudarem nas aulas onde são “necessários”. Aqui os colaboradores são meninos e meninas, alunos pagantes que participam das aulas onde os gêneros não são equiparados, exclusivamente para fazer par com quem não tem; não devem de forma alguma abordar, ensinar ou corrigir os alunos com dificuldade, apenas participar da troca de pares (não trabalhamos pares fixos, como parte da metodologia) para que ninguém fique parado ou alunos façam a função que não lhe cabe. A equipe é dividida em professores, instrutores e auxiliares; os alunos é que podem ser pagantes normais ou pagantes com valor diferenciado por nos ajudar nas aulas além das suas (apenas nas turmas compatíveis com seu nível de aprendizado). Atuam nos bailes normalmente, assim como toda equipe da escola e demais alunos, com a diferença que sua mensalidade inclui cortesia para as práticas do mês.
Ter bolsistas/colaboradores nas escolas hoje é um diferencial importante; tudo depende de sua real função e tratamento dentro da escola! Se não temos problemas com eles? Claro que sim, mas certamente são menores que os relatados. Para poderem atuar em sala de aula, esse alunos sempre passarão pelo processo todo de formação e capacitação de acordo com a metodologia da escola. Com relação às atitudes desses meninos e meninas diante da oportunidade que recebem, está além da capacidade das escolas, pois é uma questão de carater, humildade e consideração, não tem como generalizar!